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Nome científico: Macropus giganteus


Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Marsupialia
Ordem: Diprotodontia
Família: Macropodidae
Género: Macropus 

Distribuição
O Canguru cinzento pode ser encontrado numa parte significativa do território australiano. Esta espécie, ao contrário do seu primo vermelho, evita o deserto e procura zonas de floresta, na parte Oriental da Austrália e na Tasmânia, sendo também por esse motivo conhecido como Canguru Oriental. Nos últimos anos, em virtude das secas violentas que têm assolado o território, e também devido aos grandes incêndios que destroem as florestas, começaram a invadir as cidades e a alimentar-se também nos jardins públicos, onde existe sempre algo verde para comer.

Alimentação
Os cangurus são herbívoros, alimentando-se de todas as plantas e folhas de árvore que encontrem no caminho. Percorrem grandes distâncias em busca de algum alimento e por vezes escavam o chão para retirar raízes da terra.

Estado de conservação 
Esta espécie não apresenta nenhum risco especial de desaparecimento, pelo que não tem qualquer estatuto especial de conservação. Nos últimos anos, o número de animais aumentou consideravelmente, com a proibição da sua caça e com a diminuição do número de dingos, que são o seu principal predador, por isso o seu estado é considerado seguro.

Gestação e maturidade sexual 
A maturidade sexual das fêmeas é atingida por volta dos 15 meses, enquanto nos machos acontece um pouco mais tarde, por volta dos 20 meses.

Reprodução 
Os cangurus são marsupiais, pelo que o seu desenvolvimento embrionário é bastante diferente do dos mamíferos placentários, ocorrendo em duas fases distintas. A primeira fase, a gestação, ocorre no útero da mãe, onde existe uma espécie de membrana que permite que a cria se alimente a partir dos nutrientes daquela. Passados cerca de 30 a 35 dias a cria, ainda num estado embrionário muito primário, com pouco mais de 1cm, abandona o útero da progenitora e sobe lentamente pelos seus pêlos até à bolsa marsupial, onde vai terminar o seu desenvolvimento. Aqui, fica permanentemente agarrado a um dos mamilos da mãe, alimentando-se do seu leite durante um longo período, cerca de um ano. A partir dessa altura, a cria começa a entrar e a sair da bolsa para procurar os primeiros alimentos e rapidamente deixa esta fase para começar a acompanhar a progenitora nas suas viagens terrestres utilizando a bolsa, enquanto cabe, apenas quando se sente assustada.

Tamanho 
Os cangurus cinzentos machos atingem cerca de 1,60 m, enquanto as fêmeas raramente passam de 1,50 m, e podem pesar até 70 kg. As grandes patas traseiras, bastante maiores que as anteriores, permitem que estes animais se desloquem a grande velocidade ao longo de grandes distâncias, possam dar saltos de mais de 5 m e atingir velocidades superiores a 50 km/h.


Longevidade 
Os cangurus cinzentos a viver em liberdade têm uma esperança de vida média de pouco mais de 18 anos, podendo atingir mais de 20 anos em cativeiro. O grande perigo para a vida destes animais está relacionado com o facto de a maioria deles viver em zonas mais habitadas do território, aumentando os perigos de atropelamento e de serem atingidos a tiro por fazendeiros ou moradores locais, embora isso seja proibido.

PALAVRA "CANGURU"

"Canguru" - de um idioma australiano que significa "não sei" (através do inglês kangaroo, e do francês Kamgouru).

HABITAT

Na Era Secundária, os cangurus abundavam na Eurásia, mas hoje, seu habitat restringe-se à Austrália (na Oceania) e suas proximidades. Descendem dos mais antigos mamíferos. Os cangurus podem chegar a uma velocidade de 20 a 30 km/h.

GRUPOS DE CANGURUS

Dentro da família dos cangurus, podem distinguir-se vários grupos: O primeiro grupo inclui os grandes cangurus, entre os quais se destaca: o canguru-gigante (também chamado canguru-cinza) e o canguru-vermelho. As duas espécies mais conhecidas e de maior tamanho que existem; Os ualabis (ou walabis), menores e de cores mais brilhantes que as espécies grandes; Os cangurus arborícolas, animais robustos e de caudas longas, com as patas anteriores e posteriores de comprimento semelhante.
Canguru.
O segundo grupo é formado pelos: ratos-cangurus ou potorus, animais de pequeno porte, cujo aspecto lembra o de um rato. O terceiro grupo inclui uma só espécie: o rato-almiscarado-marsupial, que é um animal pequeno, parecido com um rato, com a cauda escamosa e sem pêlos.

CARACTERÍSTICAS DOS CANGURUS

Entre as maiores espécies, o macho atinge a altura de 1,5 m, e a fêmea é de menor estatura. Todos os membros desse grupo distinguem-se pela presença na fêmea de uma bolsa marsupial aberta na frente, com quatro tetas no interior, das quais duas dão leite continuamente.
Os cangurus tem as orelhas grandes e móveis, as patas posteriores longas e robustas e as extremidades anteriores curtas. A cauda é grande e musculosa e o animal costuma usá-la como apoio quando caminha ou está sentado ou, ainda, como instrumento de equilíbrio quando salta.

CANGURU CINZA GIGANTE

O Canguru Cinza Gigante (maior exemplar), habita as grandes planícies da Tasmânia e Austrália e, além de grande, anda sempre bem acompanhado, em bandos de 10 a 15, chefiados pelo mais velho de todos. Exclusivamente herbívoro, não é perigoso se ninguém o molesta. Mas quando encurralado, dá boas mordidas e desfere grandes coices com as patas traseiras. Não sendo porém caso de vida ou morte, opta sempre pela fuga rápida: cada salto que dá são 8 ou 9 metros percorridos, elevando-se a 2,5 metros de altura. Neste movimento, o impulso fica a cargo dos membros posteriores, que desenvolvem o máximo esforço.
Canguru Cinza Gigante

FILHOTES

Os filhotes nascem após umas três semanas de gestação, não desenvolvidos de todo, cegos, completamente glabros (isto é, sem pêlos), com orelhas muito pouco visíveis, membros ainda curtos, surpreendem pelo reduzido tamanho: têm pouco mais de 2 cm e ficam no marsúpio até os 6 meses, sem jamais descerem em terra firme. No sétimo mês dão os primeiros passos e só depois de um ano completo se tornam independentes.

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

  • Família: Macropodídeos
  • Ordem: Marsupiais
  • Espécie: O canguru-gigante é a espécie classificada como Macropus giganteus; o canguru-vermelho é Macropus rufus e o rato-almiscarado-marsupial é Hypsiprymnodon moschatus.

Canguru

Animal do filo dos cordados, da classe dos mamíferos, da ordem dos diprotodontes e da família dos Macropodídeos, distribuída por cinquenta e duas espécies. Pertencem a esta família os cangurus. 
O canguru-vermelho (Macropus rufus ) pertence ao grupo dos grandes cangurus em que os machos são bastante maiores e mais pesados que as fêmeas. As extremidades posteriores são mais fortes e desenvolvidas que as anteriores. A bolsa marsupial está situada na face ventral, aberta para a frente. Possui grandes orelhas e cauda musculosa e muito forte. São animais herbívoros. A densidade dos cangurus-vermelhos varia muito, num mesmo lugar, de uma época do ano para outra mas não se pode falar em migrações. São deslocações, relativamente curtas à procura de bons pastos. 
Embora considerados como animais nocturnos os cangurus dependem, quanto aos hábitos, da luz e da temperatura. Os cangurus fogem saltando. Utilizando as fortes extremidades posteriores como molas e a cauda como peça que transmite o movimento. Podem dar saltos até 9 metros de comprimento e mais de 3 metros de altura. A velocidade normal é de cerca de 13 quilómetros por hora, podendo atingir os 50 quilómetros hora quando em fuga precipitada. 
A maturidade normal é atingida mais cedo nas zonas húmidas do que nas regiões de maior aridez. Os indivíduos mais precoces atingem a maturidade a partir dos vinte meses. 
Os machos reconhecem a fêmea em cio pelo odor. Depois do emparelhamento o período de gestação é de trinta a quarenta dias nas diversas espécies de cangurus e é de trinta e três dias no canguru-vermelho. 
A proximidade do parto só pode ser conhecida quando a canguru-fêmea começa limpar a bolsa marsupial, que está presente em todos os membros femininos deste grupo zoológico. 
O juvenil quando nasce é muito pequeno, não mais de 1 grama, sem pêlo e com os olhos e orelhas ainda não perfeitamente formados. Agarra-se ao pêlo da mãe e começa a percorrer o caminho que o levará desde o orifício uro-genital até à bolsa marsupial. Este caminho é percorrido em 10 ou 15 minutos. Na bolsa marsupial agarra-se a um mamilo que não largará até passarem mais de seis meses. 
O aleitamento demora até a cria atingir um ano. Uma fêmea canguru pode em simultâneo amamentar uma cria que vive fora da bolsa marsupial, conservar um recém-nascido agarrado ao mamilo e conter dentro de si um óvulo fecundado. 
São exemplo de grandes cangurus o canguru-cinzento-oriental (Macropus giganteus ) e o Euro (Macropus robustus ). 
Os cangurus são mamíferos marsupiais vegetarianos e encontram-se na Austrália e Nova Zelândia.
O CANGURU
 

O canguru, o mais famoso e o maior dos marsupais(mamíferos que completam o seu crescimento, após o nascimento, numa bolsa situada na barriga da mãe),  vive na Austrália e é o mais conhecido de todos; é no entanto apenas uma de entre mais de 150 espécies (grupo de animais muito semelhantes entre si e com a capacidade de se reproduzirem) diferentes. Todos os marsupiais  se reproduzem por um processo especial em que os filhos nascem numa fase de desenvolvimento muito prematura e são criados com leite, fora do corpo materno, por vezes no interior de uma bolsa. Embora geralmente se pense serem os marsupais tipicamente australianos, existem cerca de 70 espécies fora desse continente. 
Os cangurus podem chegar a pesar 90 kg e atingir uma altura de 1,80 ou mais. O quarto traseiro, grande, pesado e musculado, e a cauda, equilibram o quarto dianteiro, que é leve, pequeno e móvel. Os membros anteriores ficam distantes do chão durante a locomoção bípede e enquanto o animal se alimenta. O salto, adoptado pelos cangurus como meio de locomoção (são capazes de dar saltos com 9 metros de comprimento e de pular cercas com mais de 3 metros de altura!) liberta-lhes as patas anteriores para outros fins. Usam-nas para arrancar vegetação e os machos para lutar entre si.  Ninguém sabe porque motivo os cangurus utilizam o salto em vez de correrem nas quatro patas, como fazem praticamente todos os outros herbívoros que habitam as planícies no resto do mundo. Talvez o acto de saltar esteja vinculado ao problema de carregar filhotes grandes na bolsa, feito com maior facilidade e conveniência se o dorso for mantido em posição erecta, particularmente ao deslocar-se com grande rapidez sobre terreno acidentado e pedregoso. Seja qual for a razão, os cangurus aprefeiçoaram extraordinariamente a capacidade de saltar. As suas patas traseiras são muitíssimo poderosas, a longa cauda musculada pode ser esticada para contrabalançar o peso e dar-lhe equilíbrio, e o animal, aos saltos, consegue atingir uma velocidade de 60 km/hora.
Os dentes e o sistema digestivo são adaptados para uma dieta herbívora. Os dentes também são diferentes dos dentes dos  outros herbívoros. Existem 4 pares de cada lado da mandíbula. Só os anteriores são usados na mastigação das rijas gramíneas que hoje crescem nas terras ressequidas da Austrália Central.
Quando se desgastam até à raíz, esses dentes caem e os posteriores deslocam-se para a frente para substituí-los. Quando o animal tem 15 ou 20 anos, os seus últimos molares estão em uso. 
Erva, água e um bom abrigo é tudo o que precisa este magnífico animal, e por isso é perseguido pelo Homem, que o acusa de roubar a melhor erva às ovelhas.

                                      OS CANGURUS DA AUSTRÁLIA 



Os cangurus são animais nativos do continente australiano e de partes da Papua Nova Guiné. A maioria das espécies pode apenas ser encontrada na Austrália. 


Existem mais de 60 espécies diferentes de cangurus e dos seus parentes próximos. Todos os cangurus pertencem à super-família Macropodidae (ou macrópodes, o que significa “pés grandes”). 


A família dos macrópodes inclui os cangurus, os wallabies, os wallaroos, os pademelons, os cangurus das árvores e os wallabies da floresta. Estas espécies também existem na Papua Nova Guiné. As espécies da família macrópode variam muito em tamanho e peso, que pode ir dos 500g aos 90kg. A família Potoroinae (potoróide) inclui o potoru, o bettong e o rato-canguru, que vivem unicamente na Austrália. 


Os cangurus de diferentes tipos vivem em todas as áreas da Austrália, das florestas tropicais com clima frio às planícies desertas e zonas tropicais.
Vida e habitat 
Os cangurus são herbívoros e comem uma variedade de plantas e, em alguns casos, fungos. São, na maioria, nocturnos mas alguns estão activos no princípio da manhã e no fim da tarde. As diferentes espécies de cangurus vivem numa gama diversa de ambientes, Os potoróides, por exemplo, constroem ninhos, enquanto que os cangurus das árvores vivem acima do solo, precisamente nas árvores. As espécies maiores de cangurus tendem a procurar abrigo sob as árvores ou em grutas e em fendas de rochas. 


Qualquer que seja o tamanho de um canguru, ele tem sempre uma coisa em comum – pernas traseiras poderosas e pés compridos. A maioria dos cangurus vive no solo e distingue-se dos outros animais pela forma como salta com as suas fortes pernas traseiras. A cauda do canguru é usada para dar equilíbrio quando ele salta e como um quinto membro quando ele se move devagar. 


Todos os cangurus-fêmea têm bolsas marsupiais na parte da frente do corpo, que contêm quatro tetas. É na bolsa que os cangurus-bébés (conhecidos como “joey” na Austrália) são criado até serem capazes de sobreviver fora dela. 


A maior parte dos cangurus não têm um ciclo de procriação definido e são capazes de se reproduzir durante o ano inteiro. Como se reproduzem de forma intensa, a sua população pode quadruplicar em cinco anos, caso tenha acesso a reservas abundantes de água e comida.
Gestão e utilização dos cangurus
Os cangurus foram desde sempre importantes para a sobrevivência dos povos indígenas da Austrália. Os aborígenes caçaram-nos durante dezenas de milhar de anos, tanto pela sua carne como pela pele. Quando os europeus chegaram à Austrália em finais do séc. XVIII, também caçaram cangurus para sobreviver. 


Os cangurus continuam a ser utilizados como recurso mas apenas sob controlo rigoroso do governo. Todos os Estados e Territórios australianos possuem legislação de protecção dos cangurus. Somente as quatro espécies mais abundantes de cangurus e um número limitado de duas espécies de wallabies podem ser caçados comercialmente, por caçadores com licença.
O abate de cangurus e o ambiente
O meio ambiente da Austrália é frágil e degrada-se facilmente. As populações de cangurus aumentaram dramaticamente desde a colonização europeia, devido à introdução de métodos agrícolas europeus e de suplementos de água para o gado doméstico. 


O abate de cangurus, efectuado dentro de controlos ambientais rigorosos estipulados pela Lei Federal de Protecção do Ambiente e Conservação da Biodiversidade de 1999, é uma indústria amiga do ambiente. Os cangurus evoluíram integrados no ecossistema australiano e, com os seus pés suaves, não provocam a erosão do solo nem danificam a paisagem das terras onde pastam. O abate comercial de espécies de cangurus abundantes contribui para a sustentabilidade do meio ambiente australiano. 


As quatro espécies de cangurus que são caçadas comercialmente têm populações muito vastas e nenhuma delas está ameaçada ou em risco de extinção. O canguru vermelho, o canguru cinzento do leste e o canguru cinzento do oeste são as espécies mais abundantes e constituem mais de 90% da caça comercial. A dimensão do conjunto das suas populações tem flutuado entre os 15 e os 50 milhões de animais ao longo dos últimos 20 anos nas áreas de caça, dependendo das condições sazonais. 


O abate de cangurus é decidido através de um sistema de quotas, revistas anualmente. As quotas são definidas com base nas dimensões e tendências da população, e em previsões climatéricas a longo prazo. A conservação das espécies merece está em primeiro lugar, assegurando esta abordagem uma gestão ecologicamente sustentável do abate de cangurus. 


Não existe criação de cangurus na Austrália – eles são caçados em estado selvagem. 


Ao abrigo da pela Lei Federal de Protecção do Ambiente e Conservação da Biodiversidade de 1999, é proibida a exportação de cangurus vivos, com algumas pequenas excepções para fins não-comerciais, tal como intercâmbios zoológicos.